O gás mais utilizado para a gaseificação de refrigerantes e águas é o CO2. Com ele, é possível trazer mais refrescância, borbulhamento e sabor, além de intensificar aquela sensação de formigamento ao ingerir a bebida.
As cervejas também se beneficiam da gaseificação, mas, nesse caso, para obter mais cremosidade, é feita uma mistura de CO2 e N2.
Neste artigo, entenda de forma mais detalhada como é o processo de gaseificação de bebidas e os seus benefícios para esse setor.
Como funciona o processo de gaseificação de bebidas?
A gaseificação de bebidas, também conhecida como carbonatação, é um processo químico no qual se aplica uma dose extra de CO2 para intensificar a fermentação natural da mistura. Assim, é possível ter uma bebida com mais efervescência, bolhas, sabor e até brilho.
O processo de gaseificação pode ser feito de duas formas: o priming, que é um método mais caseiro e não utiliza CO2 (no lugar do gás, são utilizados ingredientes que estimulam a fermentação natural), e a carbonatação, que, com o auxílio de um carbonatador, faz a aplicação do gás carbônico.
Gaseificação de refrigerantes
Os refrigerantes, que são uma bebida gaseificada bastante comum, são formados basicamente de água, um xarope que dá cor e gosto à bebida e gás carbônico.
O gás, no entanto, não é acrescentado à mistura ao mesmo tempo que os outros elementos. Ele é colocado depois, no processo de gaseificação de bebidas.
Quando isso acontece, a água dissolve o CO2 e esse processo dá origem a uma nova substância, chamada de ácido carbônico e que tem forma líquida. Depois, ainda é acrescentada uma dose extra de CO2 dentro da embalagem, com o objetivo de aumentar a pressão e, assim, conservar a bebida.
Sabe aquele barulho que se ouve quando uma garrafa de refrigerante é aberta? É o CO2 extra escapando. Depois, aos poucos, a pressão diminui e, então, o ácido carbônico volta a se transformar em gás — é esse processo que forma as bolhas nas bebidas gaseificadas.
Gaseificação de água
O processo de gaseificação de água é parecido, mas tem algumas diferenças. Nele, a água é armazenada em um reservatório e bombeada para um desaerador, onde o oxigênio é retirado e substituído pelo CO2.
O gás carbônico, portanto, é o responsável pela formação das bolhas nas bebidas gaseificadas.
Gaseificação de bebidas e a experiência sensorial
Fora os ganhos na aparência do produto, a gaseificação também é importante para proporcionar uma experiência sensorial no momento da degustação.
No caso das cervejas, a combinação de CO2 com N2 faz com que as bolhas de ar sejam irregulares, aumentando a textura borbulhosa do produto e a cremosidade da espuma, fatores que são apreciados pelos consumidores da bebida.
Já nos refrigerantes, o CO2 estimula a complexidade do paladar com uma mistura de sabores ácidos, doces e amargos. Isso faz com que o consumidor final tenha uma sensação de frescor e refrescância vinda do processo endotérmico de expansão do gás carbônico no trajeto alimentar.
Com a água gaseificada, por exemplo, a experiência da ingestão fica por conta das papilas gustativas, que ficam mais sensíveis. Dessa forma, é possível sentir o gosto mais acentuado dos alimentos.
Hoje, essas sensações são fundamentais para que o consumidor final aprecie o seu produto e, por consequência, dê preferência à compra.
Indústria de gaseificados no Brasil é setor de grande destaque
De acordo com dados divulgados pela ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) em 2019, foi estimado que o país consome anualmente mais de 30 milhões de litros desse tipo de bebida, uma média de 147 litros por habitante.
No entanto, com a pandemia, muita coisa mudou nesse cenário. Em pesquisas realizadas por Sintec e Nielsen, houve redução do poder de compra do público, queda do shelf pocket de bebidas nas residências e queda da frequência de consumo em canais de vendas, já que as pessoas estavam ficando mais em casa.
Com isso, o mercado se tornou mais desafiador e competitivo. Hoje, as empresas precisam ter uma cadeia de produção de bebidas que busca agilidade, confiabilidade e previsibilidade para atender às demandas diversas da indústria e do consumidor.
Além disso, é necessário ter linhas de produção com “mãos fortes”, garantindo que a dinâmica ocorra com eficiência e que seja mantida uma distribuição precisa, sem rupturas e com segurança na entrega para os canais de venda.
Nesse sentido, a carbonatação de bebidas utilizando o CO2 tem sido cada vez mais utilizada por indústrias de diferentes portes e que desejam diferenciar o seu produto, oferecendo uma bebida mais saborosa e que proporciona uma melhor experiência de degustação.
Além dos ganhos no produto, o CO2 confere à indústria benefícios no que diz respeito a logística e produção, como:
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- aumenta a produtividade
- reduz custos
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